As atletas Maria Eduarda Aguiar Martins, 13, Maria Eduarda Soares de Oliveira, 16, e Evellyn Azevedo, 23, da Escola de Lutas Melquisedeque Galvão brilharam no topo do pódio na Copa América de Jiu-Jítsu Esportivo Gi e No Gi. A competição foi realizada na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira neste sábado (19/02), em Manaus.
Com apenas 13 anos, Maria Eduarda é faixa verde. Porém, para se testar, competiu entre as adultas do faixa azul até 53 kg. A pequena sinistra simplesmente atropelou as três adversárias na pontuação e ficou com a medalha de ouro da categoria.
“Para o futuro eu espero sempre estar à frente de todas as meninas da minha idade, sempre poder evoluir mais e, se Deus quiser, chegar à faixa preta e ser campeã mundial com 18 anos”, disse Maria Eduarda.
Outra estrela da academia liderada pelo professor Melqui foi Duda Soares, faixa azul que lutou na categoria pena (até 58 kg). Bastante conhecida dos principais torneios realizados em Manaus, desta vez a lutadora fez apenas um combate para chegar ao título da Copa América.
“Hoje o campeonato foi muito bom. Na minha cabeça eu sei que deveria ter trabalhado mais. Fiz só uma luta e ganhei essa luta por decisão, mas sabendo que eu poderia ter trabalho mais, ter soltado mais o jogo, e ter finalizado de uma forma mais bonita”, declarou a jovem atleta.
O trio vencedor foi completado pela faixa roxa Evellyn Monte de Azevedo, da categoria até 58 kg (pena). Aos 23 anos, é a mais experiente do grupo. Ela começou no projeto social Nandinho, no conjunto Osvaldo Frota. Tinha dado um tempo na carreira desde os 17, 18 anos para se dedicar à faculdade e agora voltou com tudo ao esporte. Na Copa América, venceu as três adversárias da categoria (Maria Gabriela, Claudiane Costa e Yancka Machado) por finalização.
“Fazendo a faculdade eu percebi que não era isso que eu queria para a minha vida. Durante a quarentena eu estava muito triste, a faculdade estava parada, eu estudo na Ufam, minha cabeça estava muito conturbada e eu pensava em desistir de tudo. Sempre pensei que eu tinha deixado uma coisa muito grande de lado, que era o jiu-jítsu. Agora as oportunidades estão maiores e eu conseguir ver nisso a oportunidade de reviver o meu sonho”, contou Evellyn.
Diferenciais – As três, que moram juntas no alojamento feminino da Escola Melqui Galvão, filial manauara Fight Sports, foram unânimes em destacar o trabalho desenvolvido na academia. Os resultados do time são a soma do trabalho técnico, físico e mental ensinado aos alunos e às alunas.
“A preparação mental é 100% a coisa mais importante, porque é o que difere uma pessoa preparada de uma pessoa não preparada, é você estar pronto para aquilo. É o que o professor fala: na faixa preta, principalmente, o que difere uma performance boa ou uma performance ruim é o quanto você está preparado mentalmente”, concluiu a faixa roxa de ouro.
Texto e fotos: Emanuel Mendes Siqueira (92) 99122-3785