O Projeto RespirAR tem mudado a vida de diversas pessoas acometidas pela Covid-19 e, para além deles, o projeto também tem atendido pacientes diagnosticados com lesões físicas, como é o caso de Maria do Perpétuo Socorro, de 62 anos, que sofre com hérnia de disco e também contraiu a doença respiratória.
“Eu sentia falta de olfato e paladar, e muita dor nas minhas costas, pegando o pulmão; e a minha pressão arterial foi dando picos, sentia muita tontura, era um mal-estar horrível, um tremor horrível no meu corpo. Eu tenho comorbidade, tenho hérnia de disco e aqui eu me achei de novo”, afirmou a paciente.
Criado em 2021, pelo Governo do Amazonas, através da Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar) e da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), o projeto tem para além do objetivo de reabilitar pacientes acometidos pela Covid-19, inserir uma rotina de atividades físicas diárias, como explica o coordenador do projeto, o professor Neibe Araújo.
“O objetivo do projeto é, no primeiro momento, trabalhar o processo de reabilitação dos amazonenses que foram afetados pela Covid, mas também os inserir numa rotina de exercícios físicos, por meio de orientação dos profissionais de educação física, que passam também a acompanhá-los de forma personalizada, dentro das atividades físicas do projeto”, explicou o professor.
Qualidade de vida – Além de inserir uma rotina de exercícios e ajudar na reabilitação das sequelas promovidas pela Covid-19, o projeto também tem melhorado a qualidade de vida de pacientes como Luzia Fernandes, que também sofre com lesões nas costas e não tinha mais ânimo para realizar suas tarefas diárias.
“Eu cheguei aqui muito ruim mesmo, muito, que eu pensava que a minha vida não ia ter mais sentido de tanta dor, muita dor, muita dor mesmo. Até para falar eu chorava muito, porque era muita dor nas minhas costas, depois vim para cá e ficou bem melhor, eu sorrio, porque antes eu não ria, era só desespero”, relatou a paciente.
O mesmo relato é feito por Maria do Perpétuo Socorro que, no auge de seu mal-estar, não conseguia mais se relacionar com pessoas ao seu redor.
“Não tinha vontade de fazer nada, até das pessoas falarem comigo me dava irritação, eu me sentia mal, eu estava me perdendo e graças a Deus aqui eu me achei de novo”, revelou a aposentada, que há 3 meses faz parte do projeto.
Balanço – O Projeto RespirAR atendeu no ano de 2021, primeiro ano de operação, 37 mil pessoas. As atividades são desenvolvidas em dez unidades espalhadas pela capital, por profissionais de saúde e educação física, da SES-AM e da Faar.
Como acessar o serviço – O paciente é atendido na Unidade Básica de Saúde (UBS), de responsabilidade da prefeitura, encaminhado e inserido na Central Unificada de Regulação e Agendamento de Consultas e Exames (Cura); depois recebe autorização da consulta em fisioterapia em uma das unidades do projeto RespirAR; o fisioterapeuta avalia o paciente e prescreve o melhor tratamento; e a unidade executante define agenda e quantidade de sessões.
Conteúdo: Assessoria Faar
Fotos: Herick Pereira/Secom