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Layza Rodrigues evolui e alcança 50ª medalha durante 33º AM de Jiu-Jítsu

A menina cresceu e apareceu, transformando suor e dedicação em pódios. No último sábado, 14 de março, na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira, a lutadora Layza Rodrigues foi um dos destaques das disputas femininas da classe Juvenil no 33º Campeonato Amazonense de Jiu-Jítsu Gi e No Gi.

A faixa azul representa a equipe SM, filial da Nabil, no bairro do São José 1, na Zona Leste de Manaus. Ela compete no Juvenil Feminino 16/17 anos, categoria Leve (até 56,5 kg). No Amazonense da FJJAM,  a promessa faturou duas medalhas de ouro, sendo uma no Peso e outra no Absoluto.

Layza (de preto) venceu o Amazonense tanto no Peso quanto no Absoluto nas disputas de sábado, na Arena

Guerreira na vida e no esporte, Layza se divide entre os estudos – faz Inglês pela manhã e cursa o segundo ano do Ensino Médio na Escola Estadual Padre Luiz Ruas, no Zumbi 3 -, e os treinamentos com o técnico Leonardo Momes. A ralação é na academia; a inspiração vem das letras de canções que costuma ouvir, entre elas “Wonderwall”, do Oasis, que num dos trechos diz  “e todas as estradas que temos que percorrer são tortuosas”.

“Comecei a treinar jiu-jítsu com 8, 9 anos por influência do meu irmão. Nos primeiro dias ele ia treinar, mas não me deixava acompanhá-lo. Depois disso pedi da minha mãe e ela autorizou, e chegando lá gostei de primeira. No segundo dia fui treinar e os professores já achavam que eu treinava em algum lugar, porque eu era muito esforçada e já tinha jeito para aquilo”, conta Layza.

Faixa azul compete pela SM, filial da Nabil, e quer crescer na carreira para se tornar campeã mundial

A trajetória, segundo a atleta, teve altos e baixos. Algo comum na “arte suave”, onde o tatame não é o fim e sim o meio para mudar de vida e alcançar os objetivos. Foi preciso cair para levantar. Voos que estão apenas começando, já que talento não falta para a menina da ZL.

“Entre 2012 e 2013, ganhei alguns campeonatos e perdi outros, mas quando peguei a faixa laranja e a verde comecei a arrastar todas as competições do ano e hoje estou aqui com mais de 50 medalhas, sendo mais de 40 em primeiro lugar. O meu desempenho e evolução foi muito bom  até aqui e o meu maior sonho é me tornar campeã mundial”, revela a faixa azul.

Layza começou a carreira ainda criança e hoje desponta como uma das novas promessas do Amazonas na faixa azul

Por enquanto, os resultados não se transformaram em patrocínio. Layza repete a história de muitos atletas do Amazonas – crianças, adolescentes e jovens que vão à luta contra a falta de apoio e as adversidades. Mas ela “se vira nos 30”.

Com as duas medalhas do fim de semana, Layza aumentou a coleção de conquistas em sua curta trajetória no jiu-jítsu

“No momento não tenho patrocínio, o que torna a minha carreira bem mais difícil. Geralmente minha mãe, meu professor e meus amigos da academia que ajudam”, conclui Layza, na esperança de que dias melhores virão.

Difícil duvidar de uma atleta que, quando está nos campeonatos, entra no tatame inspirada em músicas como “Don’t look back in anger”, outra do Oasis, que traduzindo significa “Não olhe para trás com rancor”.

Texto e fotos:

Emanuel Mendes Siqueira (92) 99122-3785

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