Na noite de quinta-feira, 10 de agosto, enquanto as meninas do Iranduba davam show no Renné Monteiro diante da Unifor/Nacional Gás-CE o Estado passava mais uma vergonha nacional na gestão esportiva. Mal iluminado, o ginásio da avenida Constantino Nery, no coração de Manaus, se transformou num vexame constante para a administração pública. É um 7 a 1 toda semana, em dia de jogos.
É lógico que os clubes e federações não querem criar problemas para si e criticar a Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), mas é toda dela a responsabilidade de administrar os espaços públicos. Num país democrático, é papel da imprensa livre trazer os temas de interesse social às claras. Neste caso específico, fomentar o debate na comunidade esportiva.
Administrar os espaços esportivos é também entender que os mesmos precisam estar à altura dos eventos que recebem. Ceder um ginásio não é um favor governamental, mas obrigação das secretarias de esportes. Futsal, handebol, voleibol… Não importa a modalidade, todas carecem de uma melhor estrutura para seu desenvolvimento no Estado.
Ao ceder o ginásio para os jogos, a Sejel precisa entender a importância técnica dos campeonatos. Desde quando o Amazonas não está numa semifinal da Copa do Brasil de Futsal Adulto Feminino? Trata de um campeonato de altíssimo nível. Não custaria nada ao Governo trocar as lâmpadas para melhorar o espetáculo. Tirar míseros reais da conta. Uma pintura também seria bem-vinda, pois a imagem que o clube visitante leva de Manaus é péssima.
O jogo na verdade, seria na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira, que está cedida para a Copa Pódio de Jiu-Jítsu. A realização de uma partida do nível de Iranduba e Unifor num ginásio com estrutura da Idade Média é, no mínimo, constrangedor e motivo de vergonha para um Estado que já recebeu partidas da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos RIO 2016 na Arena da Amazônia. Fica o aviso: mais respeito pelos esportes de quadra!
Observação: este artigo reflete a opinião do site Emanuel Sports & Marketing sobre este tema. Nas próximas semanas daremos continuidade aos comentários sobre o que consideramos errado na gestão do Esporte no Estado e nos municípios do Amazonas.
