Numa decisão entre dois times de Pernambuco, o Clube Português do Recife venceu o Santa Cruz por 25 a 21 e conquistou o octacampeonato Brasileiro de Handebol Feminino Adulto. A final aconteceu na noite deste sábado, 9 de dezembro, no ginásio Renné Monteiro, em Manaus. O torneio foi realizado pela Confederação Brasileira de Handebol e contou com o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).
O campeonato reuniu sete equipes, de quatro estados do Brasil. Três times do Amazonas participaram da disputa: HCM, Rio Negro e Adalberto Valle – as equipes ficaram em quarto, quinto e sétimo lugar, respectivamente. O Montes Claros (MG) garantiu a terceira colocação e o Paysandu (PA), a sexta. As três melhores equipes ganharam medalhas e troféus.
O jogo – Favorito ao título, o Português mostrou toda a sua superioridade ao abrir oito pontos de vantagem no início do primeiro tempo. Sem perder tempo e com grandes jogadas, o time encerrou a etapa inicial vencendo pelo placar de 15 a 8.
Mas no segundo tempo, as meninas do Português viram a vantagem diminuir. O Santa Cruz voltou melhor e encostou no placar, fazendo a diferença cair para quatro pontos. Aos dez minutos, a técnica do Português, Monique Costa, pediu tempo e cobrou mais atenção e garra das atletas em quadra.
Mas, a chamada fez efeito contrário. Para o desespero da treinadora, o Santa Cruz continuou encostando e a diferença caiu para dois pontos. Com o placar de 20 a 18, faltando apenas dez minutos para o final da segunda etapa, o Português errava mais, enquanto o Santa Cruz aproveitava para fazer gols. Foi assim que, faltando sete minutos para o final, a diferença do placar caiu para um ponto.
Com 21 a 20, a partida ficou acirrada e emocionante. No banco do Português, sob o comando da técnica, as reservas incentivavam as titulares com muitos gritos. O incentivo ajudou e, aos 27 do segundo tempo, o Português voltou a abrir três pontos de vantagem.
No último minuto, o time Português marcou mais dois pontos e sacramentou a vitória pelo placar de 25 a 21. No final, a festa foi mesmo pernambucana, com dois times de Recife no pódio.
Antes de subir ao pódio, a técnica Monique Costa falou sobre o jogo e também sobre o oitavo título, que dessa vez foi conquistado na capital amazonense.
“Manaus nos dá muita sorte, toda vez que jogamos aqui levamos uma medalha para casa. Nós sempre dizemos que não tem muito segredo, é muito trabalho, muito treino. Essas meninas são muito guerreiras, a gente treina de segunda a sexta-feira arduamente, não tem feriado, não tem folga, só trabalho e dedicação”, comentou a treinadora, que também falou sobre a queda de ritmo das atletas no segundo tempo da partida.
“O primeiro tempo a gente conseguiu manter uma intensidade bem grande no jogo, e no segundo tempo o ritmo caiu, mérito também da equipe do Santa Cruz, que no intervalo conseguiu se reestruturar, se reorganizar. Mas ainda bem que nós conseguimos administrar a diferença e mesmo elas baixando os pontos não conseguiram ultrapassar a gente”, completou Monique.
O técnico da equipe vice-campeã do torneio, Clebson Oliveira ficou bem feliz com o resultado da partida e também com a entrega das atletas em quadra. “A equipe toda está de parabéns, a gente conseguiu fazer uma campanha belíssima, chegamos até a final sem nenhuma derrota, perdemos apenas a decisão, fazendo um belo jogo e estamos levando para Pernambuco duas medalhas, uma de ouro e outra de prata”, disse o técnico, que também elogiou o nível técnico do campeonato.
“As equipes estavam muito equilibradas, todos os jogos foram bem duros, o nível foi muito forte, muito bom. Manaus está de parabéns por mais uma vez sediar um campeonato nacional com qualidade e dando todo apoio a todos nós”, finalizou o treinador do Santa Cruz.
Evolução – Essa foi a segunda vez que o Amazonas foi sede do Brasileiro Feminino, a primeira foi em 2015, quando o Português também garantiu o primeiro lugar. E apesar de não ter nenhuma equipe local no pódio, o presidente da Liga de Handebol do Amazonas (Liham), Auricélio Andrade, destacou a evolução dos times amazonenses na competição nacional.
“Esses resultados (4º, 5º e 7º lugar) mostram a evolução das equipes femininas, reflexo do trabalho de resgate do handebol feminino, que vem sendo realizado há três anos. Nesse brasileiro as equipes amazonenses mostraram uma melhora técnica e fizeram partidas no mesmo nível das equipes que estão no primeiro escalão do cenário do handebol nacional. Esse intercâmbio foi muito importante”, disse o presidente.
Texto: Asscom/Sejel
Fotos: Tácio Melo/Sejel