Cinco medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e uma de bronze. Esse foi o saldo obtido por três atletas do município de Carauari (a 788 quilômetros e Manaus) na 1ª etapa do Campeonato Amazonense de Judô da temporada 2020. Os combates aconteceram neste sábado, 29 de fevereiro, na Vila Olímpica de Manaus.
A delegação foi composta por Leonara Silva, Lucas Emanuel Amorim e Atílio Nery, que representaram a Academia Bushidô, projeto social que funciona dentro das instalações do Centro da Juventude de Carauari. Leonara foi ouro no Máster e prata no Sênior Iniciante – 63 kg; Lucas Silva faturou dois ouros, sendo um Sub-18 e outro no Sub-21, ambos na categoria – 60 kg; Atílio ficou com o bronze no Sub-21 no peso – 60 kg.
“Achei um resultado muito bom, porque todos os atletas de Carauari que vieram voltarão para casa com medalhas, porque nos campeonatos muitos vêm e não conseguem medalhas. A gente mostrou que sabe fazer. O projeto de judô no espaço cedido pela prefeitura no Centro da Juventude está indo de vento em popa. Hoje estamos treinando mais de 100 atletas entre adultos e crianças e a tendência é só melhorar”, disse Leonara.
Insônia curada
Principal destaque carauariense na competição com duas medalhas de ouro, o atleta–estudante Lucas Emanuel tem apenas um ano de judô. Ele disse que ingressou na modalidade por recomendação médica, pois sofria com estresse e insônia. O esporte mudou sua vida para melhor.
“Apesar de ser jovem, eu sofria muito com problemas relacionados a estresse e insônia, uma coisa que eu realmente não conseguia compreender. Por indicação médica, era necessário que eu fizesse alguma atividade física constante e eu comecei a praticar o judô”, contou Lucas Emanuel, de 16 anos e estudante do 3º ano da Escola de Tempo Integral de Carauari.
Além de ter melhorado na parte física, Lucas Emanuel cresceu mentalmente e também mergulhou na história e na filosofia da arte marcial oriunda do Japão. O atleta disse que se divide entre os estudos e os treinamentos.
“O judô me fez um bem enorme não só do lado mental, já que eu era uma pessoa muito fraca mentalmente, eu não tinha muita persistência para as coisas e o judô abriu meus olhos. Aqui não é talento que conta, não é recurso que conta, tudo é questão de preparação e persistência. Você pode até perder, mas não pode ser deixar abalar pelas derrotas”, filosofou o judoca, que sonha em cursar uma faculdade de Jornalismo.
Texto e fotos:
Emanuel Mendes Siqueira (92) 99122-3785